quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Review - Catherine


Recentemente joguei Catherine e decidi fazer um review para quem ainda está em dúvida se vale a pena comprar este jogo! Ele está um pouco inacabado, mais um pouco eu diria que falta uma revisão; então eu aceito sugestões de como melhorar este texto!


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Review - Catherine

A Atlus novamente acertou. A mesma empresa responsável por Persona agora nos traz Catherine – um jogo repleto de ação e terror onde o verdadeiro desafio é acordar para mais um dia de confusão e terror psicológico. Shigenori Soejima desenhou personagens que se encaixaram perfeitamente na história de Katsura Hashino. Com a engine da Gamebryo Vincent, Katherine e Catherine criam vida para surpreender o jogador, fazendo-o refletir sobre valores morais e obrigando-o a pensar em estratégias as vezes mirabolantes para sobreviver ao caminho da liberdade.

Em Catherine você assumirá o papel de Vincent Brooks, engenheiro de trinta e dois anos que gosta de sair com os amigos para beber. Sua namorada, Katherine, é uma viciada em trabalho que constantemente lança indiretas para Vincent propô-la uma união estável.

As bebedeiras no Stray Sheep seguiam como de costume até o momento em que noticiários começam a anunciar a misteriosa morte de diversos jovens. Eles faleciam durante a noite, supostamente de causas naturais, sendo encontrados em estado deplorável.

Porém um dia Vincent resolveu ficar e beber mais um pouco, quando ele conhece Catherine uma jovem sedutora, capaz de tudo que um homem pode querer. Horas depois, Vincent volta muito cansado para casa, porém sua noite é abalada por um terrível pesadelo, onde ele está sendo perseguido por… Algo. Algo assustador que está tentando tirar sua vida a qualquer custo.

Além de ter que escalar blocos, uma voz misteriosa o avisa que se ele morrer em seu sonho ele nunca mais acordará. Repleto de armadilhas,  os pesadelos oferecem um grande desafio – e uma grande recompensa: Liberdade. Estratégia e agilidade são requisitos básicos para chegar ao outro dia. Apesar da jogabilidade simples, alguns pesadelos são realmente desafiadores. A dificuldade em liberar outros modos e até obter o troféu “Ouro” ao fim do pesadelo é um pouco desanimadora.

A dificuldade acima do normal é compensada por uma história de suspense intenso. O jogo é verdadeiramente envolvente e o grande desafio se torna parar de jogar. Com personagens modelados em Cel Shading, uma técnica para que personagens 3D se assemelhem a 2D e tendências orientais atuando em cutscenes bem dubladas Catherine prende o jogador.

A originalidade do jogo não se resume à mistura de cultura oriental, puzzle, terror e o clima desesperador que os pesadelos de Vincent oferecem: A história é moldada e modificada de acordo com suas decisões. Você constantemente terá que escolher entre o “bem”e o “mal” e dependendo de como seu “medidor moral” estiver você verá diferentes cutscenes e alterações nas reações dos personagens ao seu redor. Porém as ramificações do jogo não param por aí, fora dos pesadelos você pode andar livremente pelo pub, beber e conversar o quanto quiser, além de jogar um fliperama com quebra-cabeças estranhamente parecidos com os do pesadelo.

Apesar de ser um jogo bem estruturado, o modo online deixa um pouco a desejar. Este é bem simples e a verdadeira vantagem de se ter uma conexão com a internet é o cálculo estatístico das respostas dadas durante o pesadelo. Suas respostas são comparadas com respostas em toda a rede – PSN ou LIVE – comparando sua moral com a de outros jogadores ao redor do mundo.

Este excelente jogo vem acompanhado de uma trilha sonora igualmente excelente, composta por Shoji Meguro, combina música eletrônica e clássica acompanhando desde um clima relax de conversa com os amigos até o mistério mais intenso das mortes sem motivo ou o terror intenso das batalhas contra os chefes.

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Catherine é surpreendente e altamente recomendável. Suas falhas são compensadas pela história envolvente. Este é um jogo que irá mudar sua visão sobre relacionamentos.
8,0/10

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